domingo, 24 de maio de 2009

Os Três Patetas



Por Ary Rocco

Quem tem a minha idade, com certeza se lembra do seriado Three Stooges, conhecido no Brasil como “Três Patetas”, que foi ao ar, na TV de nosso país, durante várias décadas.

Larry, Moe e Curly eram três irmãos que, com suas trapalhadas, divertiam as tardes da criançada da época. Na realidade, o grupo surgiu na década de 1950, mas, na minha memória afetiva, os episódios dos três remetem aos anos 1970.

Se você não teve o prazer de conhecer o humor pastelão dos três patetas, pode acompanhar o desempenho dos três pilotos brasileiros no atual Campeonato Mundial de Fórmula 1. Rubens Barrichello, Felipe Massa e Nelsinho Piquet têm protagonizado cenas dignas do seriado.

Rubinho, o pateta mais experiente, é o líder da trupe. Veterano em cenas pastelão – quem não se lembra das ridículas “sambadinhas” nos pódios da F1 -, Barrichello vai conseguir a proeza, daqui a alguns anos, de ser o piloto com o maior número de provas e o menor índice de lembrança. Carisma zero. Nem vou falar de sua eterna vocação de ser o segundo piloto de toda equipe por onde passa.

Nelsinho Piquet pensa que tem o talento de seu pai. Verdadeiro desrespeito a Nélson Piquet, o pai, o melhor piloto que já vi na F1. Sem talento, Nelsinho dá entrevistas patéticas, de má vontade, recheadas de palavrões. Vai sair da F1 com a mesma velocidade que chegou.

Já Felipe Massa tem talento. Era nossa maior esperança de vitórias no Mundial de 2009. Porém, é sócio das trapalhadas de sua equipe, a mais vitoriosa da F1 nos últimos anos. Em Mônaco, pagou por dirigir com “a faca nos dentes” como apregoa Galvão Buenos, com orgulho ufanista. Arrojo é fundamental, mas dirigir com a cabeça é menos patético, e rende 10 pontos.

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